Promotor
Teatro Municipal Joaquim Benite
Breve Introdução
O juiz da Beira, uma farsa de Gil Vicente, consiste numa espécie de continuação de uma outra peça do mesmo autor: O auto de Inês Pereira. Neste auto, a protagonista casa com um homem meio atolambado — Pêro Marques — que se revela um pau-mandado. Em O juiz da Beira vamos encontrar de novo Pêro Marques, ainda casado com Inês Pereira, mas desta vez feito juiz. E — como seria de esperar — continua aparvalhado. Às suas audiências comparecem Ana Dias, que acusa o filho de Pêro Marques de lhe ter violado a filha; Alonso López, que incrimina Ana Dias de ser alcoviteira; e um escudeiro, que acusa Ana Dias de ser ladra. Para finalizar, quatro irmãos vêm disputar a herança que lhes deixou o pai. Como seria de prever, Pêro Marques resolve da forma mais absurda todos estes litígios, mas — curiosamente — todas as sentenças acabam por revelar-se arrazoadas.
Criado em 1974 na Covilhã, o Teatro das Beiras é uma companhia profissional desde 1994. Ao longo de meio século de existência, criou mais de 100 espectáculos. O seu reportório, vasto e diversificado, atravessa várias épocas da dramaturgia mundial: Lope de Rueda, Molière, Goldoni, Tchecov, Strindberg, Sean O’ Casey, Brecht, Tennessee Williams, Thomas Bernhard, entre muitos outros. Tem realizado co-criações com o Teatro Nacional D. Maria II, o CENDREV, o ACERT e o Teatro do Montemuro. É desde 2015 membro do Circuito Ibérico de Artes Cénicas, do qual foi fundador.
Ficha Artística
Texto de Gil Vicente | Encenação de Nuno Carinhas
Cenografia e figurinos Nuno Carinhas
Interpretação (Distribuição em curso)